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PIANISTA FORMADA PELA FUNDAÇÃO DAS ARTES COMENTA SOBRE A MULHER NO CAMPO DA MÚSICA

DATA: 13/03/2023


Marina foi uma criança inquieta, daquelas que de tudo quer saber, de tudo quer fazer. Logo pequena, entrou na Fundação das Artes para o curso de Artes Visuais, onde ficou por quatro anos e conheceu vários professores, alguns presentes até hoje. Na mesma época, estudou teclado em uma escola de bairro e, na música, encontrou a liberdade para explorar todas as suas potencialidades criativas. Na adolescência, decidiu buscar profissionalização e estudar piano, e foi na Fundação das Artes de São Caetano do Sul que encontrou o curso que buscava para dominar o instrumento e engatar na sua carreira de musicista e compositora.

 

As suas experiências na Fundação das Artes foram essenciais na sua formação. Marina conta que ali ela formou uma base muito sólida de conhecimentos, não só voltados ao estudo específico do piano, mas também na relação com outros instrumentos. "Tocava com todo mundo, trombone, trompete, flautistas, vários instrumentos e possibilidades. Tive também a oportunidade de uma bolsa de monitoria como correpetidora dos alunos de canto que foi um super aprendizado na época". Essas vivências possibilitaram que ela compreendesse a estrutura da música de uma forma mais ampla e completa, o que reverbera até hoje no seu trabalho e atuação.

 

“A escola funcionava como um organismo em que os alunos aprendiam e atuavam em cada etapa até a apresentação, fosse tocando, organizando as partituras para outros grupos, no plantão de dúvidas de alguma disciplina ou na monitoria. Na minha época montávamos grupos de estudos pelos corredores, pegávamos salas com piano para estudar nos intervalos das aulas, havia uma grande interação entre os colegas nas matérias práticas e teóricas”, diz Marina.

 

Ainda sobre a Fascs, ela conta que “durante a minha formação, foram marcantes as aulas de música de câmara com o prof. Ulisses, que além do diversificado repertório, o professor nos fazia pensar detalhadamente na apresentação: desde a afinação da luz, tempo das entradas e saídas de grupos até em possíveis cenas e diálogos com o público. Sabíamos cada detalhe do que estava acontecendo no momento da apresentação e todos os detalhes para que fosse possível realizá-la, e isso é um aprendizado que se leva para a vida toda”.

Após cursar Fundação das Artes, seguiu sua formação de graduação e mestrado em Piano pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Durante uma atividade como professora, conheceu a pianista e compositora Dinorá de Carvalho, objeto de estudo do seu mestrado e inspiração para a composição. “Conhecer a história e toda a luta de Dinorá me incentivou a voltar a compor. Quando olhamos a História da Composição do piano, poucas referências femininas [...] É uma coisa recente. Então, digamos que talvez não na próxima geração, mas daqui duas ou três é que realmente vai ter um histórico de mulheres compositoras”.

Agora, no início de seu doutorado em Música e atuando como professora, pesquisadora, compositora e pianista, Marina vislumbra uma mudança de cenário com um movimento recente porém potente de formação de compositoras mulheres dentro da música.