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PROFESSOR NOS ESTADOS UNIDOS, PIANISTA RELEMBRA OS ANOS DE FORMAÇÃO NA FUNDAÇÃO DAS ARTES

DATA: 21/10/2022


Formado em piano pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul, Daniel Inamorato iniciou seus estudos ainda criança em musicalização pela instituição. O alto nível de formação dos professores foi fator decisivo para que continuasse os estudos e seguisse carreira como pianista.

Seu primeiro concerto foi com apenas 9 anos, junto à Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação das Artes, e antes mesmo de ingressar no curso de Bacharelado em Piano na Universidade de São Paulo, já havia vencido mais de 30 concursos de piano e trabalhava em diversas instituições pelo Brasil, como o Festival de Música de Londrina, a Fundação Maria Luiza e Oscar Americano. Além disso, realizou recitais solo anuais no Museu Brasileiro de Escultura e em diversos festivais de música.

Daniel relembra que toda a sua base musical na Fundação das Artes foi crucial para tornar-se o músico que é hoje e também de seus colegas que buscam carreira internacional, devido ao trabalho árduo dos professores e da diversidade de aulas, treinamentos e conhecimentos durante a formação, como treinamento auditivo, aulas de rítmica, história da música, canto coral, concertos, peças de teatro, exibições de artes visuais, entre outros. “A Fundação é uma escola completa, e seus professores estão dentre os melhores da America Latina”, afirma o pianista.

Tal formação foi decisiva para sua carreira, que se solidificou quando foi morar nos Estados Unidos para estudar com o pianista Arnaldo Cohen. No país já trabalhou nas Universidades de Indiana, DePauw, Hampton, Christopher Newport, foi artista em residência na Universidade da Carolina do Norte como Coach em Ópera e hoje é professor de piano na University of William & Mary, uma das melhores universidades públicas daquele país.

Mas uma carreira de sucesso também é repleta de desafios. Aulas extras, caronas para concursos de pianos, intrumentos emprestados (muitas vezes pelos próprios professores), estudando dentro de trens e ônibus, noites esperando pelo primeiro trem da manhã depois de apresentações. “Foi sofrido, foi pesado, e em momentos até violento; mas meus professores me mantiveram focado, a música sempre me mantendo a sanidade, e graças a toda a ajuda que recebi destes artistas mais experientes, hoje posso fazer o mesmo por outras pessoas”, relembra Daniel.

Além de músico e professor, Daniel realiza trabalhos voltados à Educação Inclusiva juntamente à irmã Viviane Louro, também pianista e doutora em neurociências, que dedica sua carreira ao ensino e inclusão musical.

Nesta área, foi professor na Estação Especial da Lapa – projeto administrado pela Divisão de Medicina de Reabilitação (DMR) do Hospital das Clínicas de São Paulo, que oferece cursos de iniciação profissional, oficinas culturais e esportes adaptados para pessoas com deficiência –,  e desenvolveu metodologias que hoje ensina a quem tem interesse em trabalhar com inclusão na música. Na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, trabalhou com alunos neurodiversos (pessoas com deficiência, Autismo, entre outros) e atualmente dirige a Teia de Ideias, empresa que fica em Pernambuco, que desenvolve materiais pedagógicos adaptados e oferece consultoria e cursos às escolas que queiram que seus professores de música saibam trabalhar com esse público.

Com iniciativas como o Programa de Apoio Pedagógico e Inclusão (PAPI) da Fundação das Artes para alunos com deficiência e distúrbios de aprendizagem – que completa 15 anos de existência em 2022 –, o pianista acredita que a Fundação das Artes pode se tornar referência mundial em educação musical inclusiva.

Apesar das adversidades da vida e desigualdade sócio-econômica, Daniel reforça que quem quer ser músico e viver da música tem de estudar muito e estar ciente que escolhas difíceis surgirão. “Estude idiomas, história, música antiga, toque outros instrumentos, cante, reja, componha, enfim, saia da zona de conforto e aprenda muito”, reforça o músico.

Nem sempre a carreira internacional vai dar certo, nem sempre as condições vão ser as melhores ou as que você gostaria, mas que com base em cada experiência tem-se a oportunidade, segundo Daniel, de ter “outros olhares que os mais privilegiados nunca terão”. A importância de se ter o próprio olhar e vivência faz parte da jornada e formação de identidade de todo músico, “muita gente pode achar que você têm que ir por um caminho, mas no final das contas quem anda pela estrada é você”, finaliza o pianista.

Inclusão na Fundação das Artes

A Fundação das Artes mantém há 15 anos o Programa de Apoio Pedagógico e Inclusão (PAPI), desenvolvendo diversas ações pedagógicas, com a premissa de garantir o direito à cultura e ao aprendizado das linguagens artísticas para todos. Nesse sentido, busca criar condições para o acesso e a permanência de alunos com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento (autismo), altas habilidades/superdotação, com distúrbios de aprendizagem e/ou em condições diferenciadas de aprendizagem, entre outros, considerando a estrutura e as normas dos diferentes cursos oferecidos. 

As professoras Lisbeth Soares e Cássia Bernardino são responsáveis pelo PAPI. E em comemoração aos 15 anos da iniciativa, a Fundação está promovendo a Roda de Conversa Arte e Inclusão. O primeiro evento ocorreu em 24 de setembro e o próximo, sobre Síndrome de Down, ocorre no dia 22/10, às 15h, presencialmente na própria Fundação das Artes, na unidade Milton Andrade, e online pelo YouTube.

Para encerrar a Roda de Conversa, em novembro ocorre o terceiro e último encontro, que debaterá sobre Transtornos/Distúrbios de Aprendizagem.

Informações à imprensa: 4239-2020 e comunicacao@fascs.com.br